Um dos presos envolvidos nos ataques de 8 de Janeiro, Cleriston Pereira da Cunha, morreu enquanto tomava banho de sol na Penitenciária da Papuda, em Brasília.
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro reagiram à notícia com críticas ao Supremo Tribunal Federal e ao ministro Alexandre de Moraes.
A defesa de Cunha havia solicitado sua liberdade provisória ao ministro, com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República, mas ainda não havia despacho da Corte sobre o pedido.
O senador Hamilton Mourão, ex-vice presidente, criticou o fato de Cleriston permanecer preso mesmo com o parecer favorável da Procuradoria. Segundo Mourão, a morte do detento representa uma “burocracia que vem cerceando direitos dos presos” e pediu uma investigação minuciosa para esclarecer o ocorrido.
O deputado federal Ubiratan Sanderson, presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, também questionou os motivos da morte e afirmou que alguém deve ser responsabilizado.
Já o deputado Coronel Meira chamou o preso de “patriota” e afirmou que ele “pagou com a sua vida”.
O deputado José Medeiros, por sua vez, considerou a morte de Cleriston uma “nódoa” para o ministro Alexandre de Moraes e afirmou que o detento não deveria estar preso.
O ex-deputado federal e ex-procurador Deltan Dallagnol também destacou o parecer favorável da Procuradoria da República à liberdade provisória de Cleriston e criticou a “injustiça absurda praticada pelo Supremo”.
O detento era acompanhado por uma equipe multidisciplinar da Unidade Básica de Saúde da Papuda desde sua prisão em janeiro e recebia medicamentos controlados para diabetes e hipertensão.
De acordo com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária, Cunha passou mal enquanto estava no pátio.
O Corpo de Bombeiros foi chamado e duas viaturas entraram na unidade prisional para prestar socorro. Apesar das tentativas de reanimação cardiorrespiratória, ele não resistiu.
(Rádio Educadora/Jovem Pan)